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quinta-feira, 14 de abril de 2011

Infestação de pombos em ginásio de esportes põe em risco a saúde da população

Rede instalada não retém fezes...
... que se depositam no chão.
Cena lamentável para um equipamento público
O vereador João Miguel Tatá (PSDB), está protocolando documento na Câmara Municipal de Balneário Camboriú que diz respeito à necessidade de um controle urgente e imediato da população de pombos na cidade. A preocupação do vereador é com a disseminação de doenças transmitidas pelos pombos em locais públicos. Ele usa como exemplo o Barra Multieventos Hamilton Linhares Cruz - importante ginásio de esportes inaugurado em 2008, atualmente 
infestado por pombos e suas fezes. 


O local é frequentado por crianças,
jovens e adultos, os quais estão expostos ao contágio pela proximidade com as fezes destes pássaros. Uma rede foi instalada em parte da cobertura, mas a medida não surtiu efeito algum, pois os dejetos atravessam a rede e chegam ao chão. "Foi um paliativo. Este é um assunto muito sério, que deve ser tratado da mesma forma. O pombo é vetor de diversas doenças graves e todos devem ser alertados", explica o vereador Tatá, que destaca os cuidados que os servidores públicos devem adotar antes de limpar as fezes dos pombos, usando máscaras e luvas.
Tatá explica, ainda, que conhece as diferenças entre os pombos comuns/urbanos e os pombos-correio - usados em competições no mundo todo. A columbofilia é uma prática desportiva que reúne milhares de pessoas e nela são usados pombos treinados, criados especificamente para este fim, com todos os cuidados necessários. "Não se trata de uma cruzada irresponsável contra os pombos. Nossa preocupação é com a infestação desordenada, que prejudica a população", reforça Tatá. Para tanto, o vereador lembra casos como o da Prefeitura de Londrina/PR, que em julho do ano passado obteve autorização do IBAMA para abater cerca de 50 mil pombos que infestaram a cidade. Em São Caetano do Sul/SP, uma das cidades com melhor IDH do Brasil, existe até lei municipal que proíbe a população de alimentar pombos e outros animais nocivos à saúde pública. Em praças há placas com os seguintes dizeres: "Não alimente pombos ou animais nocivos à saúde. Não os abrigue. Deixe-os por conta da natureza. Ela os protegerá".

Confira as principais doenças que podem ser transmitidas pelos pombos:
(Fonte: Centro de Controle de Zoonoses da Prefeitura de São Paulo)

Criptococose - micose profunda, cujo agente etiológico, Criptococus neoformans, tem afinidade pelo sistema nervoso central. Os sintomas são: febre, tosse, dor torácica, podendo ocorrer também cefaléia, sonolência, rigidez da nuca, acuidade visual diminuída, agitação, confusão mental. São transmitidas através da inalação de poeira contendo fezes de pombos contaminadas pelos agentes etiológicos.

Histoplasmose - micose profunda, cujo agente etiológico, Histoplasma capsulatum, tem afinidade pelo sistema respiratório. Os sintomas que podem ocorrer variam desde uma infecção assintomática até febre, dor torácica, tosse, mal estar geral, debilidade, anemia, etc. São doenças oportunistas: o indivíduo pode ou não desenvolver a doença, dependendo de seu estado de saúde.

Ornitose - doença infecciosa aguda, cujo agente etiológico, Chlamydia psittasi, tem afinidade pelo sistema respiratório superior e inferior. Os sintomas são: febre, cefaléia, mialgia, calafrios, tosse.

Salmonelose: doença infecciosa aguda, cujo agente etiológico, Salmonela typhimurium, tem afinidade pelo sistema digestivo. Alguns dos sintomas são: febre, diarréia, vômitos, dor abdominal. É transmitida através da ingestão de alimentos contaminados com fezes de pombos contendo o agente etiológico.

Dermatites - são provocadas pela presença de ectoparasitas (ácaros) na pele, provenientes das aves ou de seus ninhos.

CONTROLE

No documento, Tatá salienta também a importância de a Prefeitura de Balneário Camboriú buscar as orientações necessárias junto ao IBAMA antes de adotar medidas radicais de eliminação dos pombos nos órgãos públicos. Existem formas simples e caseiras de se evitar a proliferação destas aves, até mesmo em parapeitos de prédios na cidade, como muitas pessoas já reclamaram. Veja as dicas do Centro de Controle de Zoonoses da Prefeitura de São Paulo:
"Métodos de controle

Educativo - Baseia-se na orientação da população, alertando-a para que evite alimentar os pombos, pois tal hábito acarreta aumento exagerado do número de aves, com maior risco de transmissão de doenças e danos ambientais.

Anticoncepcionais - O Ornitrol, produto americano, é um inibidor da reprodução de pombos, mas pode também provocar a esterilização temporária de outros pássaros, caso haja uma utilização incorreta do produto. Recomenda-se sua utilização por técnicos da área pública, universidades e firmas especializadas em controle de pragas. Trata-se de milho coberto por uma camada de um quimioesterilizante, que impede a síntese da formação da gema do ovo, atuando também na espermatogênese. É indicado para cidades pequenas, e deve ser utilizado por um período de 2 anos para melhor se constatarem os resultados.

Barreiras físicas - Este método baseia-se na utilização de telas, fechamento das aberturas por onde as aves adentram, com alvenaria ou outro material resistente; colocação de fios de nylon (de pesca) a aproximadamente 10 cm da base e presos nas extremidades por um prego; uso de pontas de arame em locais altos onde não haja acesso de pessoas; mudança do ângulo de inclinação da superfície de apoio das aves para 60 graus; utilização de produtos importados da França ou Estados Unidos, cuja função é também uma barreira física.

Repelentes - Existem no comércio vários produtos, que são aplicados sobre telhados, beirais, etc. com o objetivo de afastar as aves do local. Sua ação se baseia no desconforto provocado pelo contato das aves com a substância, o que as faz se afastarem do local.

Todos os métodos de controle possuem suas vantagens e desvantagens; entretanto, o que se recomenda é a utilização de medidas integradas a fim de se obterem melhores resultados."



ASSIM ESTAVA O MULTIEVENTOS EM DEZEMBRO DE 2008


Fale com o Tatá:
(47) 8832.3707
(47) 3263.7686, das 13h às 19h


Um comentário:

  1. Para combater os pombos em edificações, amplamente utilizado em bens históricos pela impossibilidade do uso de desestabilizadores de pouso ou os repelentes químicos, usa-se os repelentes ou assustadores auditivos, que consistem e caixas de emissão de ultra som ou sons miméticos de predadores.

    Cabe dizer,que, espantando os pombos do ginásio, eles devem tentar se instalar em outras edificações, e se faz necessário o monitoramento na região, com uma atenção especial a Capela de Santo Amaro.

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